12.11.05

Deito-me, a cabeça perdida sobre o volume da minha roupa reencontrada. (Ainda) penso: estes tecidos têm cheiros, manchas, sinais. É como se contassem histórias. Mas valerão elas a pena? Não sei. Já não sei.
Houve um tempo em que os homens, guerreiros ou não, andavam sempre nus. Talvez então a pele recolhesse bem as verdades, melhor que qualquer roupa, e as histórias que daí fluíam fossem boas e valiosas. Pois não são essas histórias as que servem agora os mistérios, a aprendizagem dos jovens, a conduta dos grupos?

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