26.1.06

Mergulho na areia as minhas mãos nuas:
agarro dela uma minúscula porção, uma presença, se tanto, num breve instante, e depois, sem mais, deixo que essa imagem se liberte de mim, escorrendo vagarosa por entre os meus dedos silenciosos e imóveis, e vejo-a, sinto-a a regressar novamente ao seu corpo original e imenso, velho como o mundo.
Estou a contar o tempo.

1 comentário:

Raquel Vasconcelos disse...

Está lindíssimo.

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