10.12.05

Eu sou um guerreiro, e o guerreiro que eu sou pensa: “o guerreiro precisa de uma companheira”. Para logo de seguida pensar também: “mas para que precisa ele de uma companheira?”
Será esta uma das razões por que aqui estou? Ou a razão da minha presença aqui será tão vaga e tão ténue como esta poeira que o vento levanta e leva, este canto que o vento faz?
(Perceber porque se parte será perceber também porque se chega?)
E o que é uma companheira? A cas dos filhos de um homem? O mistério da nudez e da carne acesas? Aquela que entra na vida de um homem para lhe abrir os olhos e que, quando a morte chega, lhos fecha?