18.10.05

Penso uma vez mais nas palavras da serpente. O que me estará a fazer, ao certo, o seu veneno? Agora já não sinto a febre, nem o delírio de estar a provar todas as doenças, mas há algo... Não sei, não sei, não sei... Sufocante inquietação.
Sinto-me como se um monstro inimaginável fosse surgir-me pelas costas, na intenção de me devorar, mas eu não conseguisse fugir — nem sequer voltar-me, para defrontá-lo. Será isto a nudez? Será isto o medo, a morte do guerreiro, a miséria absoluta?
Se eu abandonar tudo aquilo com que sempre vivi, será que me tornarei melhor? Será que me tornarei puro, matéria virgem? Ou, pelo contrário, será que vou apenas ficar mais vazio, mais perdido, mais próximo da face mais gélida da morte total?

1 comentário:

Anónimo disse...

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